segunda-feira, 30 de setembro de 2013

"Fazer amor com o pénis dos outros" - uma peça de Tom Stoppard




Pedro – Sabes, Paulo, esta viagem de finalistas podia ter corrido melhor. É verdade que ainda consegui sacar umas gajas mas o António sacou mais do que eu e isso deixa-me triste. Já no casting do La Féria fiquei em segundo e isso nunca nos leva a lado nenhum.

Paulo – Oh pá, eu cá estou contente. É aquela coisa da relatividade, o que me interessa não é olhar para números absolutos mas sim comparar com as viagens anteriores em que me via à rasca e só não regressava a seco porque à última da hora apanhava aquela minhota gordinha que dava forte no sarrabulho e no verde tinto.

António – Isso da relatividade ou é conversa de cientistas com aspecto lunático ou é conversa de gajos fraquinhos. E vocês os dois não me parecem cientistas…

Jerónimo – O Paulo tem razão, as tendências são importantes. Claro que, por muito que force o penteado, um gajo que tinha 1 cabelo e de repente fica com 5 continua a ser careca.

Paulo – Também não é preciso exagerar, o Pedro não é assim tão careca como isso.

João – “Carecas” é um eufemismo, esta viagem foi um autêntico fracasso para os dois amiguinhos do engate. As mulheres já não vos ligam, preferem outros, essa é que é a verdade. Mudem de estilo e alterem o paleio porque esse já não pega.

Pedro – Oh João, estás a rir-te? Mas afinal quantas gajas comeste tu? Pelo que ouvi dizer nem a beijinhos tiveste direito, estavas a 5 cm da boca da miúda e ela virou a cara. Sabes que mais, lá no norte é que dizem bem, foder com a pila dos outros é fácil e não dá doenças.

João - Não me fales de doenças, não tens direito a falar de doenças. Tu não sabes o que é curar uma doença. Eu sei o que é o sorriso de um doente curado.

(entram Rosencrantz e Guildenstern)



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

still waiting



O Twitter é um palco permanente de "Teatro do Absurdo". E mesmo sabendo disso continuo a esforçar-me para ser um dos actores!